O livro selado e o cântico da criação e da redenção
Mensagem
O LIVRO SELADO E O CÂNTICO DA CRIAÇÃO E DE REDENÇÃO AP 4.6-11; 5.1-4
UM TRONO NO CÉU 4.1-6
1. Cântico de criação Ap 4.6-11: O capítulo 4 inicia-se a terceira divisão do livro do apocalipse. “Depois destas coisas [relatos dos caps. 2 e 3]. A parte epistolar (caps. 2,3), foi introduzida por uma visão assombrosa de Cristo glorificado (1.12-18); a parte profética (caps. 4-22) é introduzida por uma deslumbrante visão de Deus, assentado sobre trono no céu e rodeado por inumeráveis seres celestiais.
Uma porta aberta no céu: Isto significa que o que acontece na terra é planejado primeiramente no céu. Ali estão os modelos de todas as obras de Deus (Hb 8.5). Nada nos é revelado sem Ele abrir-nos a porta (Dt 29.29).
É depois dos eventos históricos dos caps. 2 e 3 que começarão os julgamentos sob os selos, as trombetas e as taças. As palavras “igreja” e “igrejas” ocorrem 19 vezes nos caps. 1 a 3, porém não aparecem mais até o cap. 22 (v.16). A igreja desaparece da terra após o tempo do cap. 3 (v.22), arrebatada ao céu, para reaparecer somente no cap. 19, quando voltará do céu com o seu Senhor. [ Detalhe: O cântico de criação se dá no céu a partir dos Vers. 6-11].
O LIVRO FECHADO COM SETE SELOS 5.1-8
2.Cântico de redenção Ap 5.9-14: A cena do capítulo 5 é a mesma do capitulo 4. O lugar é ainda o céu, o trono é o mesmo. João viu na mão do Pai um livro. Em (Jr 32.6-12), encontra-se um exemplo de costume antigo do povo do povo hebreu de vender e comprar terrenos. A escritura se fazia em duas vias, uma aberta e outra selada. A cópia aberta servia para qualquer pessoa, mas a que estava selada era somente para o proprietário, para identificá-lo como o mesmo proprietário na cópia aberta.
Nesse caso o proprietário verdadeiro receberia o documento selado. E só assim poderia entrar legalmente na possessão, abrindo o livro e rompendo os selos.
Com o mesmo símbolo desse costume universal entre os judeus, o Senhor Jesus é representado aproximando-se do trono do Pai para receber as escrituras da terra, dela tomar posse e aqui reinar. A cena do Ap 5 é a do cumprimento da parábola de Lc 19.12; Cristo está no país longínquo e recebe o governo.
· João chorava [muito] o ancião diz: eis aqui o leão da tribo de Judá... que venceu para abrir o livro (v.5). O leão venceu o mundo (Jo 16.33), venceu Satanás (Hb 2.14), venceu a morte e o hades (Ap 1.18), e sentou-se no trono com o Pai (Ap 3.21).
O cordeiro e seus atributos (v.6); os 7 chifres [pleno poder] denotam a plenitude ou eficácia, (onipotência) e os 7 olhos [inteligência perfeita] (onisciência) a plenitude da inteligência na [administração judicial do Espírito] (onipresença) sobre a terra.
E veio e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono (v.7); É o ato mais sublime do apocalipse, pelo qual o povo de Deus esperava com gemidos e choro por seis mil anos. Com isso a Babilônia está julgada, o Anticristo destruído, o Dragão vencido, a morte aniquilada, a maldição anulada, a terra renovada e a paz sempre realizada.
UM PARENTE REMIDOR G’OEL
REDENÇÃO
O Senhor Jesus apresentou todas essas qualificações: Tornou-se parente [remidor], tomando a nossa natureza; manifestou a vontade de gastar tudo para nos redimir; e sendo divino, pagou o preço – seu próprio sangue.
REDENÇÃO: A palavra grega, tal como aparece no termo latino, redimo, indicava o preço pago para comprar de volta um escravo ou cativo, tornando-o livre pelo pagamento de um “resgate”.
No A.T. a palavra redimir é traduzida por duas palavras hebraicas, 1) O pagamento exigido por lei, em Israel para a redenção dos primogênitos (Êx 13,2, 11-16) – isto é, o resgate que isentava da obrigação imposta. 2) Usado para indicar o livramento de pessoas da servidão (Êx 21.8; Lv 25.47-49).
A redenção cósmica: “Além da redenção dos eleitos”, haverá a restauração geral de todas as coisas (Rm 8.21; Ef 1.23; Cl 1.16). 5 maldições foram canceladas na: 1) Esfera animal; 2) Esfera vegetal; 3) Esfera mineral; 4) Esfera humana; 5) Esfera física.
LIBERDADE: esse é um dos resultados da redenção. 1) É a liberdade da escravidão ao pecado; 2) É a liberdade de todos os resultados do pecado na criação inteira; 3) É o fim da inutilidade e do caos, descrito em (Rm 8.21).